Recentemente, a UNI Gestão de Negócios participou do evento Proptalks Trends em parceria com G4 Educação, onde tivemos a oportunidade de acompanhar a palestra do Gustavo Favaron. Neste evento, foram abordados os desafios e as tendências emergentes no mercado imobiliário global, proporcionando uma visão abrangente e atualizada sobre o setor.
Com base nas discussões e insights apresentados por Gustavo Favaron, preparamos este artigo para explorar os impactos globais no mercado imobiliário e analisar o cenário atual no Brasil. A participação no Proptalks Trends nos forneceu uma base para entender as dinâmicas atuais e futuras do mercado, ajudando nossos clientes a se adaptarem e prosperarem em um ambiente em constante mudança. E por isso, iremos compartilhar com você os principais pontos abordados.

Desafios do mercado imobiliário global
O mercado imobiliário comercial global está enfrentando uma série de desafios significativos. A maioria desses desafios pode ser atribuída a juros flutuantes e altas taxas de juros. Nos Estados Unidos e na Europa, especialmente em cidades como Londres e Manhattan, a prática do working from home pós-COVID reduziu a demanda por escritórios físicos, aumentando a vacância e dificultando o refinanciamento de imóveis.
Empresas como a Brookfield têm devolvido propriedades aos bancos em vez de continuar pagando por investimentos não rentáveis. Esse fenômeno é conhecido como Distressed Assets, onde os ativos são vendidos com grandes descontos.
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Impactos regionais: Reino Unido, Alemanha e Portugal
No Reino Unido, o Brexit (saída do Reino Unido da União Europeia) continua a impactar negativamente a economia, afetando especialmente o mercado imobiliário devido à falta de mão de obra e inflação alta. A combinação de custos elevados de manutenção e baixa demanda resulta em muitas propriedades vazias, especialmente escritórios.

Na Alemanha, o mercado residencial enfrenta desafios maiores. O governo de Berlim impôs limites aos aluguéis, resultando em uma menor oferta de novos imóveis e um aumento nos preços dos existentes. A situação é exacerbada pela imigração decorrente da guerra na Ucrânia, aumentando a demanda por habitação.Portugal, por outro lado, apresenta um mercado mais voltado para o residencial, com menor escalabilidade e atração de grandes fundos de investimento. O fim do Golden Visa, que atraía investidores internacionais, impactou a atratividade do mercado.
Cenário nos Estados Unidos
Nos Estados Unidos, aproximadamente 20% da dívida dos prédios comerciais está vencendo este ano, totalizando cerca de 928 bilhões de dólares. A alta das taxas de juros torna o refinanciamento mais caro e dificulta a venda de imóveis pelo preço original de compra, gerando um aumento no número de Distressed Assets.

Os Family Offices, em vez dos tradicionais fundos de private equity, têm dominado as compras de propriedades descontadas, investindo com a visão de longo prazo de que os valores irão se recuperar. O caso do WeWork, um dos maiores inquilinos de escritórios em Manhattan, ilustra a gravidade da crise, pois a empresa enfrenta dificuldades financeiras severas.
Mercados emergentes e alternativas
Em contraste, mercados emergentes como o México têm se beneficiado do nearshoring, onde empresas relocam suas operações para áreas próximas para reduzir a dependência da China. O México tem atraído investimentos significativos, especialmente na fronteira com os Estados Unidos, embora enfrente desafios políticos e de infraestrutura energética.
A Índia destaca-se com um crescimento robusto de 7% em 2023 e uma previsão de 8% para 2024. A infraestrutura de Fundos Imobiliários tem atraído investimentos internos, impulsionando o mercado imobiliário e demonstrando uma alternativa promissora para investidores internacionais.
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O papel do Brasil no cenário global

Apesar dos desafios globais, o Brasil tem visto um desinteresse dos investidores internacionais. Isso não se deve apenas às questões políticas locais, mas também à abundância de oportunidades de investimento com menores riscos nos mercados desenvolvidos. Fundos como a Blackstone e o ADIA têm reduzido suas operações no Brasil devido às incertezas econômicas e à volatilidade cambial.
Porém, a expectativa é de que, com a queda das taxas de juros globais, o cenário possa mudar, trazendo um novo influxo de investimentos para o país. A UNI continua comprometida em apoiar as empresas brasileiras a se adaptarem e prosperar nesse ambiente dinâmico e desafiador. O mercado imobiliário global enfrenta um período de ajuste significativo, com mudanças nas dinâmicas de oferta e demanda influenciadas por fatores econômicos, políticos e sociais. A compreensão desses desafios e a adaptação às novas realidades são essenciais para a prosperidade futura. A UNI Gestão de Negócios permanece ao lado de seus clientes, oferecendo a expertise necessária para navegar esses tempos complexos! Entre em contado conosco e descubra as nossas soluções.